Há
algo que me perturba...
Uma
sombra negra que paira sobre a minha cabeça.
Não
compreendo muito bem o que ela significa.
***
Tudo
começou com um texto postado na internet... Uma pequena oração gótica:
Anjo negro...
Peço que venha em meu auxílio...
Com o teu punhal...
Apenas um golpe certeiro em meu peito.
E que, por esta ferida...
Deixe verter todo o sangue.
Sugue a minha alma...
E, liberte-me dessa vida de maldições.
Extremamente
cansada...
Pensamentos
desconexos...
A
minha única vontade era de sair correndo... Fugir para outro lugar em que
pudesse trazer o alívio para a alma.
Mas
esta era a questão: Para onde seguir? E a única saída para me livrar daquela
angústia era senão adormecer... Dormir... E em meus sonhos encontrar as respostas.
Ao
me levantar sem a menor noção da direção a ser guiada... Para a minha surpresa,
os meus passos me levaram ao seu encontro. Então, fui direcionada até aonde ele
se encontrava. A quem seria a última pessoa que deseja encontrar, mas nada
poderia fazer... Dentre outras pessoas ele estava lá. E, por mais que achasse
ruim... Havia desejado a sua presença.
Eu
a pedi...
Eu
a invoquei...
Por
mais que o ignorasse, a sua psique sobre o meu corpo era mais forte do que a
força de minha essência.
A
maioria das pessoas que ali se encontravam se retiraram do local que era
composto de uma pequena construção que constituía apenas de uma pequena
cozinha, banheiro e uma sala/quarto
que acomodava além de uma mesa com duas cadeiras, um pequeno sofá e uma cama.
Os
presentes agora se resumiam em apenas ele, um amigo e eu.
Aos
poucos foi me levando em seu jogo erótico... Abaixando a minha roupa...
Massageando o clitóris... Mas desejava muito mais daquilo. Por mais que
demonstrasse o que queria, ele não realizava as minhas vontades.
O
seu cacete teso ansiava ter fincado em minhas entranhas. E notando a minha ansiedade,
apenas deslizava a cabeça sobre a buceta.
O
seu amigo presenciava a cena apenas de soslaio e não esboçava nenhuma reação ou
desejo em participar.
Ele
continuava comigo sentada e de frente, fazia-me mais lubrificada e me molhava
com suas primeiras gotas e se entregava ao seu ato.
-
Estou ficando cada vez mais excitado! – Falou seu amigo se despindo e tocando
uma punheta.
Por
impulso tentei me levantar para que nós três pudéssemos desfrutar da luxúria
que nos incendiava. E quem sabe realizar uma dupla penetração?
Porém,
percebendo as minhas verdadeiras intenções, impediu-me de fazê-lo e,
imediatamente o amigo foi deixado de lado. Na mesma posição permanecemos.
-
Não vou compartilhá-la com ninguém! – Ele gritou. – Tenho certeza de que é isso
o que deseja, mas não terá! – Ele completou.
E
fazendo-me como sempre de sua submissa, coloquei-me no papel.
-
Por que o amigo com a sua ferramenta em riste não partiu para cima de mim? Para
ter a sua fatia do bolo... – Pensativa permaneci.
Não
sei e não reconheço essa força que possui sobre os outros... E seus amigos têm
o conhecimento de sua obsessão por mim... Um poder sombrio e maquiavélico.
Contorcia-me...
Desejava a cada instante a penetração de seu cacete em meus orifícios.
Em
meus olhos olhava-me fixamente entoando o seu mantra particular... A cabeça de
seu pênis esfregando na abertura da buceta... No clitóris teso.
-
Piranha... Safada... – Ele me xingava.
Os
estalos de seus tapas em minha face o faziam entrar em transe...
A
pele sentia queimar e aquilo o provocava ainda mais.
E
como se adivinhasse que o meu gozo estaria para explodir, apertando o meu rosto...
O seu cacete começou a latejar sobre a carne quente e vermelha.
E
depois de passada a ebulição de seu gozo transcendental... Olhou-me como se
pensasse:
-
Puta não goza!
-
Por que tal punição? – Questionava-me.
Não
sabia à quanto tempo havia estado ali com o seu controle direcionado ao meu
corpo... Desejando saber por que daquilo tudo.
O
amigo continuava de rola dura... E, então foi para o banheiro.
Ao
lado de fora, ouvíamos os seus gemidos... Até que com um grito, ele gozou
desperdiçando todo o seu prazer que por nós dois pudesse ser compartilhado.
Talvez
esteja sendo punida ou banida por algo que fiz e não me recordo do que seja.
Ou
quem sabe ainda eu seja o objeto de seu prazer...
E
ele seja apenas um obsessor de almas...
Da
minha alma!
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