quinta-feira, 2 de abril de 2015

Obsessor de almas



Há algo que me perturba...

Uma sombra negra que paira sobre a minha cabeça.

Não compreendo muito bem o que ela significa.

***

Tudo começou com um texto postado na internet... Uma pequena oração gótica:

Anjo negro...

Peço que venha em meu auxílio...

Com o teu punhal...

Apenas um golpe certeiro em meu peito.

E que, por esta ferida...

Deixe verter todo o sangue.

Sugue a minha alma...

E, liberte-me dessa vida de maldições.


Extremamente cansada...

Pensamentos desconexos...

A minha única vontade era de sair correndo... Fugir para outro lugar em que pudesse trazer o alívio para a alma.

Mas esta era a questão: Para onde seguir? E a única saída para me livrar daquela angústia era senão adormecer... Dormir... E em meus sonhos encontrar as respostas.

Ao me levantar sem a menor noção da direção a ser guiada... Para a minha surpresa, os meus passos me levaram ao seu encontro. Então, fui direcionada até aonde ele se encontrava. A quem seria a última pessoa que deseja encontrar, mas nada poderia fazer... Dentre outras pessoas ele estava lá. E, por mais que achasse ruim... Havia desejado a sua presença.

Eu a pedi...

Eu a invoquei...

Por mais que o ignorasse, a sua psique sobre o meu corpo era mais forte do que a força de minha essência.

A maioria das pessoas que ali se encontravam se retiraram do local que era composto de uma pequena construção que constituía apenas de uma pequena cozinha,     banheiro e uma sala/quarto que acomodava além de uma mesa com duas cadeiras, um pequeno sofá e uma cama.

Os presentes agora se resumiam em apenas ele, um amigo e eu.

Aos poucos foi me levando em seu jogo erótico... Abaixando a minha roupa... Massageando o clitóris... Mas desejava muito mais daquilo. Por mais que demonstrasse o que queria, ele não realizava as minhas vontades.

O seu cacete teso ansiava ter fincado em minhas entranhas. E notando a minha ansiedade, apenas deslizava a cabeça sobre a buceta.

O seu amigo presenciava a cena apenas de soslaio e não esboçava nenhuma reação ou desejo em participar.

Ele continuava comigo sentada e de frente, fazia-me mais lubrificada e me molhava com suas primeiras gotas e se entregava ao seu ato.

- Estou ficando cada vez mais excitado! – Falou seu amigo se despindo e tocando uma punheta.
Por impulso tentei me levantar para que nós três pudéssemos desfrutar da luxúria que nos incendiava. E quem sabe realizar uma dupla penetração?

Porém, percebendo as minhas verdadeiras intenções, impediu-me de fazê-lo e, imediatamente o amigo foi deixado de lado. Na mesma posição permanecemos.

- Não vou compartilhá-la com ninguém! – Ele gritou. – Tenho certeza de que é isso o que deseja, mas não terá! – Ele completou.

E fazendo-me como sempre de sua submissa, coloquei-me no papel.

- Por que o amigo com a sua ferramenta em riste não partiu para cima de mim? Para ter a sua fatia do bolo... – Pensativa permaneci.

Não sei e não reconheço essa força que possui sobre os outros... E seus amigos têm o conhecimento de sua obsessão por mim... Um poder sombrio e maquiavélico.

Contorcia-me... Desejava a cada instante a penetração de seu cacete em meus orifícios.

Em meus olhos olhava-me fixamente entoando o seu mantra particular... A cabeça de seu pênis esfregando na abertura da buceta... No clitóris teso.

- Piranha... Safada... – Ele me xingava.

Os estalos de seus tapas em minha face o faziam entrar em transe...

A pele sentia queimar e aquilo o provocava ainda mais.

E como se adivinhasse que o meu gozo estaria para explodir, apertando o meu rosto... O seu cacete começou a latejar sobre a carne quente e vermelha.

E depois de passada a ebulição de seu gozo transcendental... Olhou-me como se pensasse:
- Puta não goza!

- Por que tal punição? – Questionava-me.

Não sabia à quanto tempo havia estado ali com o seu controle direcionado ao meu corpo... Desejando saber por que daquilo tudo.

O amigo continuava de rola dura... E, então foi para o banheiro.

Ao lado de fora, ouvíamos os seus gemidos... Até que com um grito, ele gozou desperdiçando todo o seu prazer que por nós dois pudesse ser compartilhado.

Talvez esteja sendo punida ou banida por algo que fiz e não me recordo do que seja.

Ou quem sabe ainda eu seja o objeto de seu prazer...

E ele seja apenas um obsessor de almas...

Da minha alma!




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