domingo, 29 de maio de 2022

À mercê da libido


Em pleno palco nua,

Sobre a cama.

Submissa – Tua,

Desfaço-me da dama.


Use de artimanhas,

Doce subterfúgios.

Solta, sem manha,

Intrigantes artifícios.


Instinto avassalador,

No apogeu do despudor.

Ressonância de desejos,

Provocantes lampejos.


Não há o limite,

A fantasia e a realidade.

Nada que delimite,

Toda voluptuosidade.


Nas mãos os apetrechos,

Iminência, molhado sexo.

Afogando-me em fluídos,

Docemente pervertido.


Provoca-me a ânsia,

Falta ar, intolerância.

Suportando o desconforto,

Performances, o porto.


Amarrada à mercê,

Açoites – Mútuo  prazer.

Na pele a reação,

No olhar a sensação.


Castiga-me com firmeza,

Chicotes e tapas.

Impõe destreza,

Deixando as marcas.


Longas horas, paciente,

Pelas entradas, penetração.

Investidas, a perversão,

A expansão, presente.


Ao final, o castigo,

Coloco-me à disposição.

O ato, certo perigo,

A libido – A realização.


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