quinta-feira, 26 de maio de 2022

Volúpia instantânea



De forma instantânea,

A libido toma conta.

O corpo em excitação,

O sexo molhado.

Não me desaponta,

Nesta louca vontade –

Também em ereção.


Arrepia a pele,

Nenhum toque repele.

Na voluptuosidade,

Mais do que espontânea.

Seios intumescidos,

Descabida ânsia –

Pela penetração.


Rendo-me à alucinação,

O entorpecimento –

Dança sensual,

Do acasalamento.

Boca aberta,

Respirações ofegantes -

Entrando em harmonia,

Disseminando a luxúria.


Tamanha perversão,

Enlouquecida no ritmo –

Condiciono-me.

Ao sabor –

Da alta voltagem,

Entregando tudo de mim.


Na volúpia –

Dilacera a alma,

Rasga a carne.

Ao moralismo –

Seguimos na contramão,

Inúmeros palavrões.


Na iminência dos desejos, 

Aos atritos corporais.

Rendição – Pregas anais.

Os açoites,

Durante o dia –

Ou na calada da noite.

Efervescentes ensejos,

Transmutação das essências.

Fundindo-nos –

Ao igual momento.

Os abalos,

Fervorosos movimentos.


Resultando senão, ebulição,

Em abalos sísmicos.

Deliciosa expansão,

No pulsar da carne,

Miscelânea de fluídos –

Deleitoso pecado.

Rejuvenescendo a derme,

Sem tempo perdido.

Na insaciedade –

Da realidade –

No tempo que se apraz,

Sempre querendo mais.


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