domingo, 2 de março de 2025

Bloco de carnaval


Sexo casual,
Vivenciando o carnaval.
A miscelânea do caos, 
O ritmo frenético, 
Calor torrencial.
Os anseios em crescente ascensão, 
Na face estampado o desejo. 
Juntando a fome,
Com a vontade de comer. 

Encontramo-nos ao acaso, 
O destino fazendo pouco caso.
Sem nenhum pudor, 
Nem disfarce.
O teu corpo, 
Tem a cor do pecado. 
O ébano todo no brilho, 
O tesão mútuo. 
Como se observasse,
Cada detalhe no espelho. 

Olhar de cumplicidade, 
Recriando outra realidade.
Completamente molhada, 
Ligada no duzentos e vinte,
Completa e excitada.
Finalmente,  toques,
Sem retoques, 
A pele em combustão. 

O beijo de língua, 
Dando início,
Demonstração do cio.
Mãos bobas,
Por todos os lados. 
Denunciando a excitação, 
O roçar revelando a ereção. 

Não me contendo, realização, 
Tomo-o entre os dedos. 
Punhetando-o de forma voraz,
Do jeito que apraz. 
Empolgando-me no meio da multidão, 
Chupando-o com gula,
Ativado modo de exibição. 

Quase no ponto de explosão, 
Levantando-me,
Sorvendo os meus seios. 
Girando-me,
Falanges metendo na boceta.
De pernas abertas,
Enfeitiçada, 
A libido desperta.

Levantando a saia,
Entoando gemidos. 
Afastas a calcinha, 
Penetrando-me por trás. 
Abraçando-me para manter o equilíbrio, 
Na agilidade, 
Açoitando-me com força,
Alimentando o tesão. 
Fustigando-me,
Em meio à euforia. 
Ao estado de êxtase, 
Alavancando o ápice. 
Fazendo-me expandir, 
Escorrendo-me –
Por entre as coxas. 

De repente, 
Sinto a tua inundação. 
O cacete pulsando, 
Com tamanha urgência. 
Mordendo a minha nuca,
Sussurrando palavrões no ouvido. 
Continuamos com a nossa putaria,
Contagiados pela luxúria. 
Entrelinhas em carícias, 
Vivenciando cada instante. 
Até a chegada de novo reencontro, 
Para outra redenção. 

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