domingo, 20 de fevereiro de 2022

Dualidade do sexo

 


Qualquer lugar -  Quarto,
A cumplicidade do motel.
Esbanjando sensualidade,
Excitação – Belo escarcéu.
Impregna de mel, a verdade,
Envolvidos em cada ato.

Da Luxúria – A devoção,
O ritual da fornicação.
Exalar da essência – A ação,
O auge da transmutação.
Frescor, no toque as carícias,
Exaltadas, afinco as primícias.

Revigora - Fogo de caieira,
Percorre nas veias.
A sensualidade – Ebulição,
Com prazer tece as teias.
A presa, doce loucura,
Entorpecendo de tesão.

A total rigidez do sexo,
Instigando sem nexo.
Perdendo de vez a razão,
Encaixe, lubrificação.
Leva-me ao deleite,
Arremetidas veemente.

Embriaga-me sem frescuras,
Entrego-me às aventuras.
Feito brasa, deixa marcas,
Território, desenha mapas.
Assimetria, linhas geográficas –
O atrito na pele, tapas.

Causando frenesi, fricção,
A graça divina, expansão.
O pulsar do outro incontido,
Inunda tudo – Permitido.
Movimentos atrevidos,
Performática consumação.

O furor em desalinho,
Sempre pronto ao bis.
Sou vadia, tua meretriz,
Aconchego, o ninho.
Intenso, nada superficial,
O kama sutra, surreal.

O desejo deságua no rio,
Vertendo veios, desafios.
Rendendo-nos, saciedade,
Sugando a última gota.
Inconsequente dualidade,
O cais seguro, aporta.

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