sábado, 11 de abril de 2015

Alma cativa





Pensar em você me perturba...
Sonhar com você me apavora!

Ele veio novamente...

Não sei dizer se isto é bom ou ruim. Pois me prende a uma realidade que não é a minha.

Por que será que tudo isso acontece?

Sozinha... Continuo vagando...

As pessoas não notam a minha presença.

Mas para ele, continuo aqui, a sua perfeita boneca...

E pode fazer o que bem deseja de meu corpo... Quando desejar...

Ao seu bel prazer.

Aconteceu outra vez, à noite... Enquanto, dormia... Vestida apenas com um fino baby doll lilás.

O seu corpo volitou até aonde me encontrava... E a sua mão estendida para o me lado, puxou-me ao seu encontro.

A sua expressão era diferente doce e angelical, mero engano!

Quando finalmente me levantei, rapidamente agarrou-me pelos cabelos com tamanha voracidade rasgando-me a roupa.

Com um simples círculo no ar desenhado por sua mão, a atmosfera de meu quarto mudou completamente para um aspecto sombrio. E aquele lugar cheirando a enxofre já conhecia... O inferno... O inferno que impõe em minha alma.

A primeira atitude que tomou foi amarrar o meu corpo e me deixar ali à sua mercê ou de qualquer um que por ali passasse... Aquilo mais parecia uma tortura psicológica.

De quatro me faz andar até aonde desejasse me possuir...

As suas carícias não eram excitantes, sei que fazia aquilo para me humilhar e para me machucar…

Eram evidentes as marcas em meu corpo...

Ele me tocava com tapas, beliscões, puxões em meus longos cabelos... Pingos de vela que faziam o meu corpo se contorcer com a dor!

Mostrava-se excitado... Podia perceber pelo volume que deixava entre as suas pernas...

E notando a minha reação tocou no ponto que ainda não havia...

A sua mão direita deslizando entre as minhas coxas, tocou-me bem no meio... E achando que ficaria somente naquele ponto, ele o invadiu... Introduzindo em meu corpo uma infinita dor. E eu gritei! O meu grito fez com que os seus olhos brilhassem pelo meu desespero.

Ainda amarrada e deitada no chão...  Sobre a penumbra da noite, ele retirou a única peça de roupa que ainda restava: a calcinha.

Foi inevitável a minha angústia não aumentar. Exatamente o que iria acontecer eu já sabia...
Era sempre da mesma maneira...  Sempre do mesmo jeito.

Novamente puxando-me pelos cabelos, colocou-me de quatro e logo em seguida invadindo a buceta que, para a sua surpresa estava molhada... E com tamanha força desferia os seus golpes, em um momento quando impôs um ritmo mais acelerado, senti-o se derramar...

Mas não parou por ai, ao meu corpo virando para que pudesse olhar em meus olhos, penetrou novamente a buceta como se não tivesse acabado de gozar... E Isso me enlouquecia.
As suas estocadas eram perturbadoras...

As palavras saiam de sua boca sem nexo... Como se falasse uma língua ou dialeto por mim desconhecido... Eu sei que ele me amaldiçoava e fazia aquilo para me prender e me manter refém ao seu espírito e/ou seu poder.

Quando se retirou de meu sexo, esfregando o cacete teso em meu corpo, subindo pela barriga e rodeando os bicos de meus seios, ele atingiu em cheio a boca e fez com que eu o chupasse e assim sentisse o meu próprio gosto...

O seu olhar sobre aquela cena era hipnotizante, fazendo existir uma magia incondicional entre nós dois e o que ali estava acontecendo.

Da minha boca, ele fez um segundo sexo... Ele ama se apoderar não somente de minha alma, como também de meu corpo. Sinto que sou seu alimento é parte revigorante de algo maior que ainda não descobri.

Da mesma maneira que exercia força em meu sexo também o fazia em minha boca... O que fazia, às vezes, engasgar. E quando ficava sem ar, ele via até aonde poderia suportar.

Toda esta encenação... A minha fraqueza mortal... O seu poder sobre mim e ao meu corpo... Tudo é uma maneira de excitá-lo e, de me persuadir. E tenho certeza de que gosta disso. Sempre prazer!

O meu rosto sentia arder e queimar com as tapas que levava... E os beliscões também tiveram a sua continuidade.

Quando imaginei que me livraria de seu assédio, ele me ergueu prendendo-me numa espécie de cruz em seu ritual perverso!

A sua tortura me deixava tonta... Fazia me contorcer de dor... Introduzia dispositivos na buceta e em meu orifício anal.

Ao manipular as correntes, fez com que meus pés tocassem novamente ao chão e girando uma alavanca fez com que ficasse de costas com os braços erguidos para o alto... E depois de um longo tempo, deixada ali sozinha, as câimbras se faziam presentes.

Ao retornar eram nítidos os espasmos em meu corpo.

Ele abaixou a sua calça e libertou novamente o grande membro teso e sem qualquer resquício de cuidado ou preparação penetrou com força em meu ânus, o que me fez deixar nas pontas dos pés... Mordendo os meus lábios para não gritar... Sentindo um gosto de fel do sangue que escorria.

Não permitiu que o meu corpo se acostumasse com a sua invasão e deu sucessivas arremetidas com ênfase, fazendo-me quase desmaiar... Porém, o cheiro de sangue o atiçou ainda mais e de encontro ao meu rosto começou á lambê-lo e a sorver antes mesmo que coagulasse.

Desse jeito me mordia nas costas e no pescoço... Arremetia de força alucinada... Cheirava-me como se eu fosse a sua presa e por um instante meu pensamento admitiu que assim eu realmente fosse a sua caça!

O meu corpo agarrando para se fazerem mais precisas as suas investidas de encontro ao meu corpo entregue a dor.

E ao vislumbrar que a sua poderosa ferramenta desaguaria todo o seu jato de porra em meu cu, ele retirou o cacete e novamente em uma única investida invadiu quase me rasgando em duas e, foi o momento de outra vez sentir as suas veias latejarem e inundar todo o meu buraco, deixando o seu corpo grudado, até que a sua frequência cardíaca voltasse ao normal.

Ao me deixar novamente sozinha, percebi que meu martírio não havia acabado... Até que com um simples bater de palmas, as correntes se soltaram e senti o impacto de meu corpo dolorido ao chão.

Não tinha mais forças para nada.

Uma fumaça cinzenta tomou conta do ambiente... E aos poucos senti as minhas forças se esvaírem e apaguei.

Ao amanhecer, e a notar os raios de sol invadindo o quarto pela janela, acordei com uma estranha sensação de que tudo que se passara não fora uma cena de filme ou um sonho ruim qualquer... Com dores pelo corpo. Quando finalmente notei uma dor no canto dos lábios... Aonde eu mordi e ele sugara o meu sangue... E um leve cheiro de enxofre pelo ambiente.


- Aconteceu de novo! – Pensei.

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