sábado, 13 de novembro de 2021

Erótica

 


De tesão rouca,

Faço-me erótica.

Veemente encaixada,

Pelo falo empalada.

Na frente ou atrás –

Ao embalo, a louca.

Insana e depravada, 

Esplendor que apraz.


Devorando-o, gulosa,

Estonteante prazerosa –

Engolindo-o, a picardia.

Deliciando-me, a luxúria,

Asfixiando-me, em ânsia -

Regurgitando, os fluídos.

Assim, bem atrevidos,

Servindo-me, a sobremesa.


O prato predileto,

Fincado firme no reto.

Açoites na pura maestria,

Recebo-o, ao bel prazer.

Orifício apertado, rosado,

No pecado a entreter.

De quatro, o agrado,

Ao sabor da galhardia.


Embevecidos pelo anal,

Excitante, as etapas.

Dilatando o essencial,

Mordendo, a boca inferior.

Arreganhando-me, louvor,

Xingamentos, veemência.

Marcas desenhadas, as tapas,

Sem pedir clemência.


Arremetendo-se, lento,

Para o meu alento.

Usa a paciência, fremente,

Expandindo-me –

Bagunçando os lençóis,

Dos tabus, desfaz os nós.

Derramando-se –

A favor os atritos.


Em jatos, tens o ponto exato,

Da minha insaciedade.

Em demasia, voluptuosidade,

No ato cabal, fúria incontida.

A fêmea no êxtase pleno,

O frisson descontínuo, sereno.

A lascívia incorpora, desmedida,

Sempre pronta, para a partida.


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