segunda-feira, 15 de março de 2010

AONDE ESSA PAQUERA VAI NOS LEVAR



Passava sempre quieta em meu cantinho, despercebida em teu olhar.

Quando alguns olhares masculinos sem for o teu começaram a me cobiçar.

Amigos a mim se insinuando... Convites para sair e, às vezes, na maior cara de pau, chamando-me para o motel.

Na tremenda saia justa, sorrisos e palavras encaixadas no momento certo, um não como resposta e você de longe a me observar.

Surpreendente foi a tua reação, que começou a me olhar com lascívia e desejo.

O teu corpo já me atraía uma espécie exemplar de homem... Fingia-me a ignorar.

Agora passo e noto o tesão estampado em teu rosto, acompanhado a luta para não se entregar.

Vamos seguindo neste jogo de sedução, até vermos aonde essa paquera vai nos levar.

Nas poucas conversas que trocamos a sós era mais evidente o teu desejo com o meu decote lhe instigando. Palavras que emanavam cheias de luxúria e a vontade de uma aventura para diferenciar o cardápio de todos os dias.

Na mesinha de um bar, rodeada por alguns amigos, um deles louco para me levar para cama. Com você sentado a poucos metros de distância.
Nossos olhares se cruzavam e dizíamos pelo olhar sacanagens sem fim.

Conversava com outros homens, vendo estampado o tesão no rosto de um deles, mas a minha atenção estava voltada em outra direção.

A tua mesa deveria estar monótona, apenas um amigo para trocar um papo, talvez sem nexo. E eu ali, com três homens, um louco para me comer e eu desejando ser a tua comida.

De longe mexia com você em meu olhar, disfarçando o desejo no corpo, apenas nós dois sabíamos o que estava acontecendo, mas em dado momento, precisei me desvencilhar.

O tesão aflorava em meu corpo e fora de meu alcance você se encontrava. Como me aproximar sem levantar suspeita? Seria muito arriscado!

Lembro-me uma vez que sem querer lhe toquei com mais intimidade, precisei me conter, pois o local não seria o mais adequado.

É inevitável a química que nos ocorre poucos instantes que podemos “estar” a sós, nos policiando com olhares alheios nos monitorando.

Naquela quase noite, com o calor que fazia sentados no bar, enquanto ouvia vozes de outras pessoas, imaginava nós dois em outro local e no que minha boca poderia lhe proporcionar.

O suor escorria em meu rosto, deslizando sobre o meu colo atingindo os meus seios, que por segundos se enrijeceram, como se fosse o toque de tuas mãos. Logo voltei a mim e notei o teu olhar em minha respiração ofegante como se adivinhasse o meu pensamento.

Por impulso, rodeei a língua em meus lábios ressecados como se fosse à glande de teu sexo úmido, o deixando vermelho.

A minha vontade de você é tanta, por algo proibido, pecaminoso, desejar o homem da próxima, que chego a sonhar.

Visualizando o teu corpo chegar suado depois de mais um dia de trabalho com a calça suja, a blusa em uma das mãos e um sorriso safado nos lábios que somente você tem, pegando-me pela cintura e beijando em um convite para transar sem nenhum pudor. Fazendo tudo o que eu gosto na cama como se fosse uma puta sem nenhuma frescura.

Enquanto esse momento não chega, sigo em minhas brincadeiras de sedução, só para esquentar o clima e ver aonde essa paquera vai levar!

3 comentários:

Adriano Ferris disse...

Belo texto linda. Realmente inspirador e que com certeza situação assim chegam a algum lugar. Beijos

Erotísmo & Saliências... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Erotísmo & Saliências... disse...

Deixe-me sentar à mesa ao seu lado esquerdo e vamos trocar flertes para ver aonde isso vai nos levar?

Beijos melados e audaciosos...