segunda-feira, 11 de maio de 2020

BDSM volátil


A vida não parece ser tão clichê quanto aparenta ser...
Assim são as pessoas –
Elas vivem os seus teatros todos os dias, posando de bons samaritanos perante a uma sociedade hipócrita.
Eles te ensinam como agir...
Como deve se portar...
Mantendo tudo em ordem -
A agirmos feito um robô.
Porém, desde sempre fui criando o meu próprio enredo, aprendendo com a minha essência.
***
Nasci em uma família rica e de costumes tradicionais.
Até que certa vez, conheci um homem que um dia viria a ser meu marido.
Com o tempo, ele foi me revelando os seus segredos mais íntimos.
E por ele ser quinze anos mais velho do que eu, não eram poucos.
***
No período do nosso namoro, James Smith se mostrava bastante presente. Sempre me dando atenção, embora não me sufocasse. Ele tinha um time certo. Mesmo me deixando à vontade, sabia o instante exato de se impor. E isso era o que mais me chamava atenção, mesmo antes de namorarmos. Não demonstrava ser aquele sujeito que quando se apaixona ou cisma com alguém gosta de se impor, fazendo com que tenha a mulher de qualquer custo.
Eu já trabalhava em uma grande empresa como estagiária, depois fui conquistando o meu espaço. Foi neste momento da minha vida que conheci o James, já efetivada. Ele em seu cargo alto de executivo, acabara de se mudar para a cidade. Não resisti ao seu porte atlético. Para a função que desempenhava e pela idade, os primeiros fios grisalhos apareciam.
Quando o vi pela primeira vez – Suei frio e o meu coração acelerou. Ele experiente, olhou-me de modo com que demonstrasse a sua percepção, sem se mostrar aos demais.
Em um momento oportuno, convidou-me para um café na lanchonete da empresa.
Ao observar as suas mãos nenhuma aliança ou marca dela.
O nosso primeiro “encontro” foi muito formal, pois confessara-me que não poderia esperar mais um dia para conversarmos. Apesar de ser um contato com os minutos marcados, foi bem direto.
No final de semana seguinte, saímos para jantar e não nos separamos mais. Na empresa sempre contido, mas quando estávamos fora dela, nossos encontros saíam faíscas.
***
Certo tempo se passou...
O nosso relacionamento ficou nítido. Mas havia discrição com os demais funcionários na empresa, e finalmente nos casamos.
Decidimos por morar em um bairro próximo à empresa. O nosso pacto foi nunca misturar coisas do trabalho com questões pessoais. E foi nesse ponto que acertamos em cheio. A parte do meu trabalho não era estressante, porém, havia dias que James tinha que tomar decisões muito importantes.
Pouco tempo depois, decidi sair da empresa... Seria mais saudável para o nosso casamento.
***
James sempre me presenteava...
Não era necessário datas importantes.
Aos poucos foi me revelando um lado oculto. Em várias ocasiões, apimentava as nossas relações com novidades e com brinquedos para estimular a nossa imaginação.
Sem perceber, James me condicionava a  fazer parte de um mundo que faria me redescobrir como mulher.
***
Havia dias que quando chegava do trabalho, o porteiro me entregava um pacote. Na primeira vez, agi naturalmente achando que seria apenas mais uma surpresa do meu marido e me surpreendi.
James sabia que eu sempre chegava primeiro e premeditara tudo.
Ansiosa para abrir, mal cheguei ao apartamento e corri para o sofá. Abri a caixa e me deparei com um envelope: 'Não sei se já usou um desse. Siga as instruções e me espere em nossa cama! Com amor e beijos James Smith'.
Ao rasgar a embalagem original, vi que se tratava de um plug anal com uma joia o que me excitou na hora, fazendo a boceta escorrer. Rapidamente recolhi tudo e fui correndo em direção ao quarto. Separei uma lingerie sexy vermelha, para constratar com a minha pele branca e o cabelo loiro... Tomei um banho morno e fui para o quarto de hobby... Toquei no plug anal e vesti a fina camisola sem mais nada por baixo.
James sempre fora um homem sedutor, embora não tivesse muitas mulheres aonde trabalhávamos, ele não passava sem ser notado.
Depois de um tempo, resolvi abrir uma loja em um shopping próximo de casa e assim facilitar a nossa vida. E justo por este motivo que chegava antes dele, já que em outro período deixava com a gerente. No caso de alguma emergência, ela entrava em contato, porém, muito raramente acontecia.
***
Ao tomar posse do plug anal, percebi que chegara o grande momento – excitada me deitei com ele ao meu lado, comecei a me tocar, abrindo as minhas pernas... Com o plug anal em minhas mãos, enfiava na boceta e puxava... Repeti esses movimentos algumas vezes, finalmente  o direcionei para o meu rabo, colocando-me de quatro e aos poucos fui empurrando, apesar do fiapo de dor que se formava, não voltei atrás e continuei... Até que o senti atolado. Após ter passado aquela sensação de incômodo, o metal gelado, logo cedeu lugar ao prazer.
Eu fiquei em algumas posições, de lado, rebolando de quatro, sentada para me acostumar com o objeto. Estava ansiosa pela chegada do James, no entanto, deu o seu horário e nada... Um pouco impaciente, até que depois de três horas, abriu a porta.
- Boa noite meu amor! Pelo jeito recebeu o meu presentinho! – James falou, logo em seguida me beijando.
- Olha... Veja se ficou do seu agrado! – Eu lhe falei.
- Perfeito! – Ele respondeu.
James foi se jogando para cima de mim, levando a mão em minha boceta, massageando o clitóris. Eu o entrelaçado entre as minhas pernas... E gemia em seu ouvido.
Em um dado momento, James ligou o aparelho de som no modo ambiente, com uma play list bem sensual para combinar com o nosso momento. Em seguida, pediu para que me despisse e desfilasse de quatro pelo quarto, para poder apreciar a minha desenvoltura com o plug anal em minha bunda.
James se despiu, ordenando-me para ficar na mesma posição durante o seu banho e assim permaneci.
***
Ao retornar, ainda posicionada, pediu para que ficasse de joelhos e que colocasse os braços para frente, prendendo os meus punhos com um par de algemas de BDSM. Fui presenteada com uma venda em meus olhos. Ele fez com que subisse na cama, colocando-me deitada, abrindo as minhas pernas, começou a me açoitar com um chicote cheio de tiras... No início em minha barriga e de leve, mas depois foi atingindo os seios e aumentando gradativamente, até atingir a boceta. Aquilo me excitava de uma tal maneira que gemia a cada toque em minha pele e chegava a gozar.
James prestava muita atenção em minhas reações por mínimas que elas  fossem... Isso o tornava especial.
 Aquele ritual era nosso. E compartilhávamos em segredo... Em cumplicidade.
Com os punhos presos –
Ele enfiou o cacete entre as minhas mãos entrelaçadas, dando início de vai e vem, começando a babar, escancarando as minhas pernas, desferindo tapas em minha boceta. Às vezes, ele pausava,  esperava ansiosa pelo próximo atrito em minha carne vermelha e inchada – Sentia o choque entre os meus lábios vaginais. O plug anal sem mesmo ser manipulado exercia o seu papel. E ao gozar, o meu rabo piscava mordendo o instrumento.
James sabia exatamente como me persuadir, condicionando-me  para lhe proporcionar prazer e feito uma mão dupla reverberava em meu corpo.  A excitação corria em uma corrente elétrica em alta voltagem... Em cada toque, pelo contato de nossos corpos e também através dos instrumentos.
O meu marido me ordenou para que ficasse de pé, soltou os meus punhos e fez com que deitasse a parte superior do meu corpo sobre a mesa em um canto do quarto, esticando os meus braços, prendendo-me outra vez pelos punhos na grade da janela.
Eu ouvia o ritmo de sua respiração e os seus passos pelo quarto. Toda aquela expectativa me excitava. E ele sabia perfeitamente que eu amava fazer parte desse joguinho erótico com ele.
Em um dado momento, James me falou que não poderia expressar nenhum tipo de reação: Falar... Reclamar... E muito menos rir. Pediu-me concentração total. A sua voz era firme e precisa, demonstrando autoridade. Em seguida, ordenou-me  para levantar a minha perna direita – Assim o fiz!
Logo em seguida senti uma pena passando embaixo da sola do meu pé. Tentando me concentrar, não me contive e ri.
No mesmo instante, James desferiu uma chicotada em minha bunda e eu gemia.
Ele continuou usando a pena em meu pé e não fiz mais menção em rir, mordendo os meus lábios.
Ao cessar,  em seguida senti um cheiro diferente inebriando o nosso quarto. De repente, algo pingou em minhas nádegas, era quente e queimava o meu corpo. E a cada toque dos pingos de vela eu mordia cada vez mais os meus lábios. Pouco a pouco ia ficando languida... E sem conseguir explicar, aquilo me excitava e a James ainda mais.
Para obter o efeito desejado, sabia que tinha que suportar cada investida. A dor provocada por James entranhava em minha carne, percorrendo caminhos estreitos, até alcançar o ápice do tesão.
- Isso minha doce esposa! – James me dizia provocando-me dor e assistindo os meus músculos se contraírem.
Para ele, era somente parte de seu espetáculo. Às vezes, compadecia-se e acariciava a minha pele que ardia no seu ritual de banho de vela.
Por um instante, ele cessou e puxando a minha cabeça, fez com que o chupasse, provocando-me certo desconforto e, principalmente excitação. Ele poderia estar praticando com outra mulher, mas estava comigo, a sua esposa, compartilhando de seu mundo pervertido.
Em nossas transas nada baunilha como no início, ele sempre me apresentava um brinquedinho novo...
Imobilizada pelos punhos, vendada... Ele acariciava o meu corpo, enquanto a música inebriava o lugar, senti-o colocando tornozeleiras em meus pés, e ao tentar afastar um pouco as pernas, não consegui, ele colocara pesos, para que ficasse imóvel. Abrindo as minhas nádegas, acariciando a boceta... De uma só vez ele puxou o plug anal. A sensação foi uma espécie de dor e de prazer ao mesmo tempo, e eu gemia – Gozando – Esfregando a boceta na mesa.
James me castigava com o seu silêncio...
E ao ver o meu rabo completamente aberto e exposto em sua direção, ele me rasgou com o seu grande cacete. Para não gritar, mordi os meus lábios. O que me fez sentir um filete quente escorrendo, deixando um gosto de sangue em meu paladar. O cheiro logo se espalhou pelo quarto. James me estocava com raiva e puxou-me pelos cabelos, levando o meu rosto em sua direção, beijando-me... Sugou o resquício de sangue, mas sem parar de me socar.
***
James era um gentlemam em nossa vida social e em momentos à dois, porém, ao me apresentar a sua fascinação pelo BDSM, a nossa vida sexual deu uma guinada mudando por completo. E eu a quis e a aceitei. E isso só veio a acrescentar em nosso casamento.
***
James enfiou a mão por baixo do meu corpo e introduziu três dedos em minha boceta. Aquilo foi o clímax de tudo. Havia momentos em que era bruto, fazia parte de seu papel, em outros se mostrava carinhoso. E eu adorava os dois homens que tinha na cama ou fora dela.
Ele continuava puxando os meus cabelos, açoitando-me com a sua cara... E, de repente, estremeci-me com outra vara batendo em minhas coxas...
James amava provocar a dor no momento do sexo.
Os meus gemidos quase inaudíveis, embriagava-o de êxtase, fomentando o nosso tesão.
Mesmo que baixinho eu sussurrava, inevitável não me deixar expandir.
Quando a vara tocava o meu corpo, contraia-me de dor e inflação o seu prazer.
Até que gozei... Vários orgasmos seguidos um do outro e apertava pressionando o seu falo que cada vez mais ficava enrijecido alcançando o auge – Pulsando - Contraindo-se – Gozou – Exsudando toda a porra concentrada em meu rabo.
Porém, ele continuava firme me penetrando, demonstrando poder. E eu usufruía de seu deleite... Socando mais e mais... Investindo de encontro ao meu corpo, mordendo as minhas costas feito um animal, fazendo-me gozar... Gozando... Ficando um bom tempo nesse entretém... E ao me fazer gozar com a boceta em choque, ele gozou pela terceira vez. E ao se retirar da minha bunda, ficou apreciando como deixara.
Aproximando-me de meu rosto, deu uma lambida e saiu... Imobilizada ouvia o barulho da água caindo do chuveiro. Enquanto, tomava o seu banho e eu impossibilitada de me mover.
***
Ao retornar ao quarto, James primeiro retirou as algemas e eu pude finalmente ficar de pé, fazendo com que tentasse caminhar. Mas era impossível com aqueles pesos que me fizeram cair de quatro, e tateando fui na direção do banheiro, muito dolorida. Quando cheguei, ele retirou a venda e os pesos, colocando-me na banheira. A água gelada amenizou a ardência em minha pele.
James sempre me dava banho ao fim de nossas sessões. Depois viriam as pomadas para cicatrizarem mais rápido as feridas e a diminuírem os hematomas. Apesar que ele sempre tomava cuidado para não deixar em um lugar visível de meu corpo. Afinal tínhamos uma vida pública.
***
Com o passar do tempo, a minha curiosidade foi se aflorando ainda mais e James me apresentou a um grupo secreto e muito seleto de BDSM. Não foi difícil encontrar casais que se reconheciam na mesma prática. Todos somente o frequentava devidamente mascarados e não usavam os seus verdadeiros nomes, e sim, pseudônimos para não serem reconhecidos e possivelmente chantageados.
Assim seguimos James e eu infiltrados e desfrutando desse mundo tão puro e mágico feito o BDSM.
Onde tudo e um pouco mais pode acontecer...
Em um BDSM volátil.

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