sexta-feira, 8 de maio de 2020

Xeque-mate


O seu corpo –
A meia luz –
Entorpece-me.
Como podes ter tanto poder sobre o meu?
Não me desvencilho...
Pelo contrário:
Jogo-me para cima!
Encaixo o meu sexo...
Sinto-o se avolumar.
Um rio se forma entre as minhas pernas,
Nada mais faz sentido...
Nada mais tem relevância -
Apenas sussurros e gemidos.
Invades-me...
Perco-me...
Entrelinhas corporais.
E o que mais amo entre nós dois é essa sintonia,
Entendemo-nos apenas com o olhar,
Com um toque.
Sabes explorar bem as minhas vontades,
Colocando em vazão toda a essência carnal.
Rendo-me...
Às tuas carícias –
Ao sabor do teu sexo em minha boca.
Engasgando-me...
Asfixiando-me...
Provocando ânsia.
Na miscelânea de lascívia e fluídos,
Tapas em minha pele clara,
Pintando-a de vermelho.
Ao teu modo hard –
O mais pervertido.
As nossas nuances se incorporam...
Devassidão que se fundem.
Na sagacidade da perversão,
O macho que me deixa sempre pronta –
Entrando em combustão,
Fazendo-me queimar...
Até mesmo na distância.
O seu porte elegante;
Compenetrado;
Libidinoso na medida certa;
Que sabe ler o meu olhar em minha inquietude,
Despertando o meu lado ninfomaníaca.
Eu quero tudo...
Completamente tudo...
Com intensidade...
Com você!
Desfrutar das fantasias –
As mais loucas e divertidas.
Faz-me poderosa...
Entregando de bandeja todos os meus orifícios.
Alimentas o meu cio –
Seios intumescidos por tua língua tesa...
O membro rígido:
Invadindo-me...
Rasgando-me...
Dilacerando-me...
O teu tom me envaidece,
Na excitação...
No deleite...
Em xeque-mate.

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