terça-feira, 19 de maio de 2020

Odisseia


Vontade de morar naquele dia,
Fazer repouso em teu alma,
No raiar que transmite o sossego.
Sentir as pulsações do seu corpo em harmonia com o meu.
A nossa libido sendo testemunha do mar revolto quando nos encaixamos.
Em que nada demonstra a calmaria quando estamos apenas conversando.
Tudo se transmuta de tal maneira, que nem ao menos nos reconhecemos.
O tesão nos transfigura...
Você conhece cada centímetro de minha pele -
O aroma do meu sexo molhado.
Incita-me...
E eu te contagio.
A minha pele clara e vermelha,
Deixando as tuas marcas,
Os rastros que revelam a excitação.
Eu gosto...
Amo cada toque em meu corpo...
As arremetidas em minha carne –
Os arrepios em minha derme.
A volúpia que transcende a essência,
Em cada gozo presenteado e sentido –
Um verdadeiro bálsamo para a vida.
Nas linhas que se cruzam, desafiando as paralelas –
Em gemidos que entoam a luxúria.
Nos sussurros que exaltam a lubricidade -
Somos a perfeição entre quatro paredes,
Inventando brincadeiras -
Persuadindo o que for efêmero.
Permita-me fazer morada em dias assim:
Quentes e ensolarados...
Na cumplicidade de corpos encaixados.
Na devassidão de orgasmos compartilhados,
No prazer dividido...
Deixa-me olhar para ver as suas impressões digitais espalhadas em meu corpo,
E sentir que elas são as provas reais de nosso deleite.

Vontade de voltar naquele dia...
Fazer as noites enluaradas...
O meu corpo sendo abrigo –
A tua prazerosa morada.

Um comentário:

Kique disse...

Linda poesia
Gostei
Kique
http://caminhos-percorridos2017.blogspot.com/