Vago sinuosamente –
Linha do desejo,
Traçado interdimensional.
Lentamente –
Desenho perfeito,
Singelo e cabal.
Na alquimia,
Transmutando-se em carícias.
Veemente –
Envolvendo-nos aos apelos,
Carnal e tântrico.
Basta que saibamos –
De nossas existências.
Do desejo mútuo,
Corpos em ardência.
Respirações ofegantes,
Desfazendo-se as carências.
Aurora boreal,
Tesão crescente –
Exponencial.
À procura da realização,
Compactuando com cada fase.
Na busca pelo êxtase,
Toques – Terceira dimensão.
Encaixe, talvez imperfeito –
Aderência.
Movimentos sinuosos –
Consistência.
Impregnados – Audácia,
Banhados de suor, perspicácia.
Escorrendo-me de voluptuosidade,
Devotando em teu corpo –
A luxúria.
Transbordando o copo,
Conquista e felicidade!
Revezando-nos – Aos comandos,
Deixando as marcas na derme.
A tua mão firme, ébano,
Evidenciando o contraste.
Extenuados –
Sem algum desgaste.
Infinita é a libido,
Doce pecado pervertido.
Insaciáveis –
Entorpecidos pelo frenesi,
A libertinagem na essência.
Esse é o modo de ser,
Sem pedir clemência.
Os meus buracos invadidos,
Deleite total –
Como deve o prazer -
Na miscelânea de fluídos.
O leite e o néctar,
Derramando-se –
Na depravação existencial,
Refazendo-se como a fênix.
A gula pelo sexo,
Felação sem nexo.
Rendendo-nos aos caprichos,
Em embates corporais,
Entre gemidos –
E sussurros anais,
Os açoites prolixos.
Até que não haja resquícios,
Na sutileza –
Correnteza do rio,
Quando se encontra –
Com o mar aberto.
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