O tesão –
Em nossos corpos floresce.
Criando nuances –
Recriando fantasias.
Em braile –
Infinita poesia.
Na releitura provocante da libido.
Em demasiada perversão...
Completamente insanos –
Jogando-nos de cabeça no deleite,
Deixando de lado a sensatez –
Para quê?
Se o que desejamos é a consumação.
E refazendo as marcas, os labirintos em minha derme.
Basta com que criamos as oportunidades:
Em nosso pequeno e grande paraíso.
Tudo será de verdade,
De corpos molhados –
Trocando fluídos –
No paladar o sal de tua pele,
Ao sabor agridoce do pecado.
Abalando-me –
Ao ritmo de firmes açoites em meu corpo,
No atrito de encaixes mais do que perfeitos.
O som de meus xingamentos ecoando pela ambiência,
Os sussurros e os teus gemidos,
Entorpecendo-me os sentidos.
Acabando-me aos gritos ao foder todos os orifícios –
Com a total rigidez,
Na visão excitante do contraste de nossas peles.
O tom de ébano –
Atiçando-me com a exuberância magistral.
No poder de usufruir de presente –
Atacando com gosto o valente.
Penetrando-me com afinco –
Arrancando de nossos corpos,
O único resquício da desejo.
Que feito fogo de caieira,
Vai logo se reacendendo –
Com um simples resvalar.
Não há desperdício de tempo,
A excitação é a força motriz.
A cada orgasmo usufruído,
Há sempre o lampejo incontido.
Fomenta na essência a luxúria –
Não há o poder de seguir:
Na contramão da razão.
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