domingo, 19 de junho de 2022

Fantasiosa veleidade

 

Tecendo a noite,

Com os nossos corpos.

A volúpia se faz presente,

Arrepios na pele –

O anseio pressente.

Alucinações,

Tomando a consciência.

Sem pressa,

Busca pela transcendência.


Absortas –

Preliminares.

Abruptas –

Quanto a vontade.

Fantasiosa veleidade,

Possuímos de verdade.

Cada ato desesperador,

Como se fosse o derradeiro.

Presenciando as nuances –

Através do espelho,

Cor de carmim, vermelho.

Sinto o peso,

Aconchego-me –

Faço-me de travesseiro.


Sentindo as batidas na carne,

Os atritos – A aderência.

Também o ardido,

A angústia pelo prazer.

Nada de advertência,

No deleite do entreter.

Alvoroçando ainda mais,

A excitação.


Deixando-o –

No ponto exato, de bala,

Libido em alta escala.

Tomando posse,

De toda rigidez.

Pelas entranhas,

Doce façanha –

Entregue à embriaguez.


Solfejos –

Ronronados –

Gemidos –

Ensejos.


Incendiando a essência,

Um enredo de palavrões.

Deliciando-me –

As sensações.

Culminando –

Em reações.


O sexo:

Molhado e inchado,

Guloso morango.

Não há perigo,

Sou o teu abrigo.


Rendendo-me –

Em expansão.

Fazendo-o pulsar,

Deixando-me sem ar.

Derramando todo leite,

Vertendo-se em jatos.

Prazerosos gritos,

Arranhando a pele.

Na loucura que descortina,

No apogeu do palco.

Pura adrenalina,

Miscelânea de fluídos.

Seja em qualquer buraco,

O instigante taco.


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