domingo, 26 de outubro de 2014

Luxúria e mistério - II




Continuando com as minhas viagens sobrenaturais...

Por caminhos desconhecidos...

Por minhas dimensões paralelas e invisíveis...

Visível apenas para os meus complexos olhos.

***

Em mais uma noite de sono tranqüilo, o meu espírito voou para outro plano...

Guiada por uma luz envolta em mistério, fui ao seu encontro.

Quando dei por mim, caminhava por imensos corredores e nenhuma porta se abria. Finalmente ao me deparar em uma que era diferente das demais, esta se abriu sozinha como por um encanto.

Sim! Ele estava lá a minha espera... A mercê de meus desejos puros, insanos e devassos.

O seu delicioso corpo me fazia um convite ao prazer.

Como não me entregar a chama que me faz arder de tanto desejo e tesão?

Estava como a primeira vez que o tinha visto: uma calça jeans meio surrada e com o seu peito nu revelando um tórax másculo e viril.

Os seus braços receberam minha cabeça e aconchegando em seu tronco...

Assim pude sentir a respiração ofegante vinda do interior que arfava inquieto.

Naquela noite havia algo de diferente nele, toda a sua canalização se encontrava mais contida.

O meu anjo perverso desejava a espiritualização de nossas almas.

Então suas mãos passeavam sobre o meu corpo e, via-me coberta apenas por uma camisola transparente. O que fazia a pele arrepiada ao se revelar.

Os seus dedos delicados torneavam os bicos de meus seios, moldando-os com a língua, deixando-os cada vez mais tesos.

Podia notar as suas fricções amáveis...

Como poderia haver um anjo com tal apetite carnal tão voraz?

Os seus movimentos me direcionavam ao prazer e, com mais nitidez o volume entre as suas coxas se fazia notar.

Os seus gestos sutis fizeram com que a camisola deslizasse em meu corpo caindo suavemente sobre o chão feito uma pluma revelando a nudez em uma aura extraordinária.

O meu anjo me deixava inquieta, pois tentava retirar a veste que cobria a parte inferior de seu corpo e, como tortura ele não permitia... Roçava a vulva sobre o volume e bailava sinuosamente sobre o tórax inflamado.
Uma única pessoa... Assim éramos!

O enlace... Meu corpo colado ao seu...

Dedos ora meus... Dedos ora dele, penetravam o meu sexo freneticamente... E meus seios mais intumescidos.

O meu anjo perverso veio ao meu encontro para me permitir êxtase ao extremo, sendo proporcionado por ele e, ao mesmo tempo sendo um voyeur para tal cena explícita de prazer. Sentia-se como um caçador a espreita de sua presa, porém, o clímax era arrancar das profundezas de meu útero o orgasmo mais intenso que poderia me provocar.

Quanto mais esse anjo subversivo me bolinava, mais via somar em âmago o desejo. Era como se alimentasse da lascívia que ao meu corpo se fizesse crescente.

E permanecemos nesse lance frenético por longos minutos que não sei precisar quantos foram. E conforme ele intuía meu súbito orgasmo cessava os seus movimentos que mais parecia tortura por não me proporcionar as pulsações vaginais. Pois as desejava mais do que tudo e tornavam-se complemento entre as nossas essências.

O êxtase... O orgasmo... O clímax... É o que nos fazem transcender, na junção de nossas almas.

Não permiti que a ansiedade tomasse posse, então relaxei na comunhão de seu desejo e ao meu extasiado por suas carícias.

Lânguida deixei fazer o que quisesse de meu corpo... As suas mãos apertavam... Penetravam os meus orifícios... Massageavam pontos sensíveis extraindo todo o tesão.

Pequenos gemidos... Sussurros uníssonos deram margem aos gritos erotizados de prazer, envolvidos em múltiplos orgasmos.

O seu olhar traduzia o que em palavras o que desejava dizer.

Com o meu corpo amolecido e mais calmo, o Anjo me repousou sobre a cama repleta de pétalas de rosas brancas. O perfume fez com que logo adormecesse.

E exatamente ali, percebi que era o momento da despedida. Assim esperando um novo encontro... Um novo enlace e a harmonização de nossas almas...

Em união das nossas essências devassas e pervertidas.


Continua...

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