quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Luxúria e mistério - VIII



O meu anjo pervertido ele me conhece...


Ele sabe quando vir em meu auxílio...


Tem o poder de se transformar em algo que desejo ou será que le só faz para me agradar?


A minha realidade aqui sem a sua companhia carnal é muito solitária...


Só me completo quando estou ao seu lado.


Existem paredes dimensionais nos separando, mas sei que algum dia irei encontrá-lo!


E, quando acontecer, não sei quando... Não estarei mais deste lado e, sim no outro.


***

Como disse anteriormente, sem a presença do meu anjo, aqui a minha vida se faz em completa solidão.

Mesmo envolvida pela rotina do dia a dia, às vezes, atarefada, o tempo inteiro ou ao contrário, com quase nada a fazer.

Porém, há momentos que mesmo rodeada por pessoas, estou sozinha com o pensamento vagando distante.

Ah se elas soubessem sobre e naquilo que penso... Creio que por suas mentes serem obtusas e hipócritas, não sobrariam pedra sobre pedra.

Também por não pertencer ao mundo externo das pessoas, elas não me desejam por perto. E, sempre dão um jeito de me deixarem sozinha... Em desvanecente solidão.

Foi mais uma noite de sono profundo que tudo se deu...

Foi em mais uma tarde entregue à solidão.

Em meu pequeno apartamento trancada... Sobre o sofá jogada... Fui pela campanhia despertada...

Ao atender, para a minha agradável surpresa, era ele trajado apenas em uma calça jeans, peito nu... Na pessoa de Humberto. Em sua mais perfeita forma de se apresentar.

Homem negro, não mais com trajes do século XIV, como à um escravo.

- Olá! - Disse ele.

- Boa tarde! - Respondi.

Mal respondi, não esperou o convite para entrar e trouxera um amigo.

Humberto sempre me atraiu... Não no primeiro instante em que nos conhecemos, mas sim, quando ele despertou com total ênfase o meu lado de fêmea... De mulher desejada!

Mas Humberto não quis perder tempo e foi partindo para cima de mim com mãos e boca.

- Eu sei que você está sozinha... Por isso, que eu vim, sua boba! - Disse ele
brincando.

Não podia me desvencilhar de suascarícias e também não queria escapar do envolvimento de seu corpo alto, forte e másculo.

Em plena sala com toda luminescência, Humberto mee encostou contra a parede procurando por meu sexo úmido, até que me atingiu no ponto certo.

A sua presença misturada aos seus toques... O tesão, o sexo molhado... Fora tudo o quanto mais desejava. E, ele compreendia perfeitamente tudo aquilo.

E o seu amigo não queria participar diretamente, apenas ficara observando as nossas expressões corporais em nossos movimentos... Envolvidos em nossa plasticidade.

Até que senti o cacete teso invadindo a buceta molhada.

O seu corpo cobria o meu em um ritmo alucinado e, por vezes, abrandara-se. Como sem palavras almejando dizer que, desejava aquela penetração tanto quanto eu.

Os nossos corpos unidos, na miscelânea de peles, tornavam-se somente um.

Os meus gemidos enalteciam a dança do tesão... Inebriava a libido

E Humberto entrara em sintonia comigo... Ele sabe como ninguém me equalizar.

O seu encaixe, a fricção fazia-me derreter em prazer... A entregar-me plenamente à ele.

Com a participação de um voyeur, isso deixava que as coisas ficassem mais excitantes.

Havia uma cumplicidade no ar entre os nossos corpos encaixados com olhares de seu amigo. Até nisso ele tinha pensado, pois conhece a minha essência de mulher exibicionista.

Pois toda fêmea quer dar o melhor de si quando fode com seu macho e haver ao menos uma pessoa para contemplar este ato, ela sente-se com todo poder.

Na parede encostada, apoida com o peso de Humberto... Ele me proporcionava com o peso de Humberto... Ele me proporcionava um gozo transcendental que há muito desejava ter com ele.

Este foi apenas o nosso primeiro ato... O de muito que reviveremos naquela tarde, sob o olhar perspicaz de seu amigo que, ficara apenas nos observando sem interferir em nosso roteiro.

Já era noite, quando a campanhia soou novamentge. E ao entrarem, eram apenas dois amigos.

- Ah! Então, vocês estão aí! - Disse um deles.

- Estávamos à procura de vocês! - Disse o outro.

- Já nos encontraram! - Disse Humberto com seu jeito moleque.

Humberto e eu estávamos deitados sobre o carpete da sala, cobertos por um fino lençol.

O seu outro amigo, não se encontrava mais conosco. provalmente saiu enquanto tomávamos banho e, deixara a porta encostada.

- Bom... Deixaremos o casal à vontade... - Disse o primeiro.

- Aliás, mais do que estão! - Falou o outro interrompendo-o.

E, assim nos deixaram, Humberto ee u um na companhia do outro, depois da explosão de nosso sexo.

Humberto entendia a força avassaladora... O poder que era uma relação sexual tem sobre o meu corpo. Mas também compreende a carência que abastece a minha alma. Por isso, dessa vez ele fez diferente, ao invés de me deixar logo, achou melhor permanecer ali comigo aconchegado em seus braços, até quer adormecesse.

Ao acordar, senti toda a sua sensação de leve sobre o meu corpo... Com um sorrisxo nos lábios.

Não estarei mais sozinha...

A partir do momento em que meu anjo entrou na minha vida, não estive mais em completa solidão.

Posso estar visivelmente sozinha, porém, ao invisível não se faz explicação.
O meu anjo pervertido...

Ele é mesmo o meu anjo ou será que Humberto é ele? Ou serão os dois as mesmas pessoas? Ou um se transforma no outro para devolver o alívio aos meus anseios.


Só o tempo irá me mostrar as respostas.


Ou quando não estiver mais aqui...


Será que haverá uma continuação?

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