quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Cárcere da submissão - 2ª parte


Finalmente sexta-feira, assim acabaria a sua primeira semana de trabalho. Não que estivesse reclamando, estava adorando o emprego. Tudo o que mais queria, estava realizando, trabalhar com literatura, mesmo de uma maneira indireta e sem ser com os seus projetos. Mas dali em diante, enxergaria a oportunidade como um degrau para a sua aprendizagem.

Ao chegar à portaria, cumprimentou o seu Antonio e subiu.
Heitor a recebeu com a sala completamente arrumada e livre de algum perfume, a não ser do próprio dono. De imediato ele lhe pediu licença, pois faria algumas ligações do interior de seu quarto. Com um pouco mais de uma hora ele reapareceu dizendo que precisava sair, mas que antes do final do expediente, ele retornaria. Lilla disse que estava tudo bem!
Lilla se sentia muito à vontade com ele, mas ao mesmo tempo tinha algo que a perturbava. E maneou a cabeça para o lado em sinal de negativo, enquanto passava a chave na porta.
As horas foram se passando e, duas horas antes para o final do expediente, como prometido, ele retornou e, a encontrou distraída lendo algo no computador e nem sequer percebeu a sua aproximação. Ao levantar o olhar, ela ficou desconcertada.
- Desculpe! Não o percebi chegar! – Ela pediu.
- Posso saber o que tanto à prende nesta leitura? – Ele a indagou curioso.
- É um daqueles meus contos antigos! Sem querer, encontrei em um daqueles sites e não me recordava. – Ela lhe explicou.
- Faz tanto tempo assim? – Ele a indagou novamente.
- Não muito... Mas a vida vai mudando, devido à correria. Sai atropelando tudo, que acabamos por esquecer os pequenos e prazerosos detalhes. – Lilla lhe explicou.
- É verdade! Preciso que faça algo por mim! – Ele a avisou.
- Bom... Se for questão de trabalho, claro que sim! – Ela respondeu.
- Assim como você é esquecida, também com essa novidade de você trabalhar aqui, acabei por esquecer um projeto importante. Será que você não poderia passar esse fim de semana comigo para me ajudar? – Ele jogou o pedido feito uma bomba em seu colo.
- Não sei... Desculpa! É que eu não vim preparada. Se tivesse me falado antes... – Ela o respondeu.
- Só quero que me responda se pode ficar sim ou não! As outras coisas eu providencio! – Ele avisou.
- Se for assim... Tudo bem... Eu fico! Mas preciso avisar para alguém, para não ficarem preocupados comigo. – Ela também o avisou.
- Tudo bem! – Heitor Kannemberg consentiu.
Neste mesmo instante, Lilla tomou posse de seu parelho celular que, não prestou atenção na fisionomia de seu patrão. E se imaginou ganhando uma remuneração extra.
Heitor Kannemberg deixou-a sozinha e pouco antes para o final do expediente retornou para a sala com uma bandeja de lanches. Em seguida buscou em seu quarto outro computador pessoal e se acomodou na mesma mesa, pedindo a sua atenção o que prontamente ela o atendeu. Ficaram lendo e relendo em voz alta o projeto que ele lhe falara. Lilla como sempre muito criativa dava o seu parecer e suas sugestões. Aquele texto não era um gênero qualquer, de conteúdo adulto e, na sua trama havia uma personagem muito forte com a qual se identificou. Mesmo não sendo a sua intenção, depositou nela um pouco de sua essência.
Heitor Kannemberg que já a desejava, não conseguiu disfarçar o seu entusiasmo... E depois de tantas horas trabalhando juntos que nem perceberam o horário.
Ele pediu uma pausa, e quis saber o que ela desejava para o jantar e prontamente fez o pedido para algum restaurante.
Enquanto esperavam o pedido ser entregue, ele indicou um dos quartos de hóspedes, para que ela pudesse tomar um banho e escolhesse uma roupa para se trocar.
Lilla ficou intrigada... Será que ele já estava premeditando o esquecimento do projeto?
- Não me leve à mal! Como sou solteiro, de vez em quando, vêm umas moças aqui e acabam esquecendo algumas coisas. Eu mando para a lavanderia. E se, de repente, alguém voltar leva o que é seu... Já sobre as calcinhas, eu também compro, para trocar com as peças usadas. – Ele se explicou.
- Acho que topei com uma delas no corredor, outro dia. Uma loira! – Lilla comentou.
- Deve ser a vizinha casada. Às vezes, o marido viaja e ela vem me fazer uma visitinha! – Ele concluiu.
- Safada! Vem se consolar com você! – Lilla exclamou como se tivesse com raiva.
- Claro. – Ele afirmou.
- Desculpa! Essa não foi a minha intenção. – Ela continuou.
- Tudo bem! – Ele ponderou.
- Não vai acontecer novamente. Não tenho esse costume de julgar as pessoas. – Ela se explicou.
- Vou lhe deixar à vontade! – Ele deu um basta naquela situação.
***
Ao deixar o quarto para o jantar, ele viu que ela escolhera um vestido preto.
Heitor Kannemberg abriu uma garrafa de vinho e o porteiro ligou para confirmar a entrega e ele liberou para que fosse feita. Lilla o ajudou a preparar a mesa. E a mesma não sendo acostumada a ingerir bebidas alcoólicas, lhe fez companhia. No final, ele a serviu mais uma taça. E meio tonta, ela avisou que dormiria, pois não teria condições de continuar a trabalhar no projeto naquelas situação. Mas ele insistiu para que ela ficasse mais um pouco.
E, aproximando-se mais de seu rosto, ele soltou o seu cabelo que estava preso em um coque improvisado. Ela sempre o usava assim, ou preso por uma caneta no horário do expediente.
- As suas madeixas encaracoladas, da cor de mel, ficam melhor desse jeito... Soltas! – Ele lhe disse.
Neste instante, o celular dele tocou e ao conferir quem era o desligou.
- Você será... Não! Você é minha! Todinha minha! – Ele lhe falou próximo ao seu rosto, colocando o dedo em sua boca. – Essa tua pele me excita... A tua inteligência mesclada com a tua criatividade me instiga! – Ele continuou, olhando fixamente em seus olhos.
Lilla ouvia cada palavra atentamente...
Nunca nenhum homem havia pronunciado tais palavras. Para muitos, ou melhor, para todos, não passava de uma mulher sem graça e sonhadora. Com exceção de seus leitores, que a enxergavam como o modo de extravasarem o seu tesão, rendendo-lhe homenagens. Não que isso não seja bom. Pois sabe que no fundo no fundo, os seus textos são bastante estimulantes. Mas o que sempre desejou foi sim, ser desejada ao vivo e a cores por um homem tão interessante quanto ao escritor Heitor Kannemberg. As mulheres só faltavam se rasgar em histeria por sua causa na rede, ou literalmente faziam isso.
Um por um dos botões do vestido emprestado, ele desabotoava. Já fizera aquilo, mas em outro corpo e o deixou cair.
Lilla ansiava por sua boca, mas ele se afastou... Apertando o seu peito de encontro aos seus seios, desabotoou o sutiã e o jogou em um canto qualquer da sala. Mais uma vez se afastando, sentou-se no sofá e pediu para que ela desfilasse, exibindo a pequena calcinha vermelha que contrastava com a sua pele alva.
Ainda meio tonta... Lilla assim o fez...
Pois se lembrara que um dia, ele lhe confessou que era aficionado por mulheres brancas... E quando se aproximou, ele a puxou e fez com que se sentasse em seu colo... E enfiou a mão por dentro da calcinha e a sentiu molhada.
- Hum... Delícia! – Ele lhe falou.
Lilla rebolava esfregando a bunda em seu cacete que já começava a tomar forma e robusto. O que fez com que abrisse as pernas para se encaixar ainda mesmo de calcinha e Heitor vestido ajeitou os seus cabelos de lado e ficou usufruindo daquela dança frenética apertando os seios grandes de bicos rosados e, ela empinava bem a bunda, apoiando-se na ponta dos pés. Permaneceram assim por longos minutos, deixando o fino tecido encharcado de tanto tesão.
Heitor fez com que ela se ajoelhasse, o que prontamente atendeu... Ela abriu o seu cinto e de imediato o zíper, abaixando a cueca Box branca, liberando o volume por dentro dela.
Lilla arregalou os olhos, pois nunca teria visto um daquele tamanho e grossura. Enquanto ela o segurava, ele arrumou os seus cabelos em um rabo de cavalo, para ter melhor visão daquela boca o sugando. Um pouco receosa, começou a lambê-lo feito um picolé...
- Chupe-o! – Ele ordenou com a voz firme.
Ela logo o obedeceu.
- Boa garota! Se continuar assim combinaremos muito bem! – Heitor Kannemberg a elogiou.
A cada nova investida, o membro rasgava a sua boca, sentia o canto dos lábios doerem e em um dado momento, Heitor forçou a sua cabeça de encontro à verga armada, o que fez com que ela engasgasse e ficasse com ânsia de vomito. Ao olhá-lo para que fizesse com que ele não mais repetisse aquele movimento, só foi o tempo dela se recuperar e começar a sorvê-lo que, Heitor o fez novamente. Dessa vez foi impossível de se controlar e virando a cabeça para o lado, ela vomitou.
- Minha delícia... Continue o que estava fazendo... – Ele a ordenou em um tom repleto de tesão.
A sua saliva se misturava ao gosto do que acabara de sair do seu estômago, junto aos fluídos de Heitor Kannemberg. Ele continuava segurando a sua cabeça para que aguentasse o máximo que pudesse no fundo de sua garganta.
Toda aquela situação que ao mesmo tempo lhe causava repulsa, nele reagia completamente inversa, incitando o tesão.
Heitor quase gozando, retirou a sua roupa e colocou-a ajoelhada no assento do sofá, apoiada no encosto. Ao apreciar a sua bunda branca, de repente, desferiu uma tapa que ecoou pela ambiência, mas apesar da dor, ela não se movera, apenas sentiu a pele arder... Desferiu outra tapa no lado oposto, Lilla empinou mais as nádegas.
Heitor abriu-as e deslizou a língua na boceta que se contraiu com o seu contato, mas logo relaxou e fincou o dedão em seu rabo rosado.
Lilla usufruía de cada carícia...
O álcool passeava por sua mente a deixando letárgica...
E, de vez em quando recebia pequenas mordidas em seu clitóris que se contraía e se dilatava. A língua invadia o meio de suas entranhas... Ele subiu no sofá e lhe ofereceu o cacete... Após algumas sorvidas, ele desceu e se alojou na entrada da boceta e penetrou firme... Dando em sua nádega direita, cravando os dentes, Heitor começou a estocá-la.
- Caralho! Que boceta deliciosa! – Ele falou.
- Puta que pariu! Quem foi que disse que escritores não são debochados? – Ela brincou.
- Sua filha da puta! Você não sabe quanto tempo eu esperei para comer essa boceta! – Ele a xingou.
- Não seja por isso! – Ele continuou.
Heitor arremetia com força...
Lilla se tocava, sempre se entregando ao momento.
Por vezes, Heitor colocava a mão dela de volta ao apoio do sofá. E brincava ele mesmo com o seu clitóris. Ela sacudia os cabelos de um lado para o outro... Apertava os seus seios... Heitor fazia com que ela se virasse e mordia os seios. O frenesi entre os dois se tornava tremendo. Antes haviam ensaiado pelo celular, depois de toda aquela tensão sexual não poderia acontecer de outra maneira. Até que Lilla se rendeu ao gozo, roçando o seu corpo no de Heitor, que recebendo mordidas e seus lábios vaginais, também exsudou, derramando o primeiro estoque de leite.
Respirações ofegantes...
Corpos suados...
Heitor mal deixou com que se recuperasse de todo o frisson, ajeitou o pau bem na entrada de sua bunda... E sabendo do seu tamanho, aos poucos foi se introduzindo... Entrava e saía... Brincava com o grelo... Que latejava com o atrito de sua mão.
Lilla gemia... Demonstrava que sentia dor. Mas Heitor não cessava. A sua intenção era de possuí-la por completo, ao sentir que estava alojado até o talo, foi iniciando as suas investidas. Ela ficou parada, até que seu buraco se acostumasse com a sua invasão. Ele juntou os seus cabelos, e começou a puxá-los, socando-a com bastante força. Aos poucos a dor foi cedendo espaço ao prazer. E lentamente ele investia de encontro ao seu corpo. E Lilla expandiu-se de uma maneira que há muito tempo não gozava apenas sendo estimulada pelo ânus. Ele usufruindo de seu deleite, acelerou os seus movimentos... O prazer mútuo, tornando-se apenas um, com ele jorrando, enchendo o seu copo de leite.
Ao se retirar do pequeno buraco, agora alargado pela ferramenta, Heitor a puxou de encontro ao seu corpo e, ambos se deitaram no sofá tentando recuperar as energias. Os dois sabiam que em um momento, o inevitável aconteceria. Porém, Lilla deixaria que o seu lado profissional falasse mais alto.
- Você sabia que isso aconteceria... Não sabia? – Ele a perguntou cortando o silêncio.
- Sim... Eu sabia! – Ela lhe respondeu.
- Eu te conheço mais do que possas imaginar! O que aconteceu e que está acontecendo, em nada mudará a nossa relação profissional. Por outro lado, ficará bem mais interessante! - Heitor Kannemberg falou dissimuladamente, enquanto manipulava o bico de um de seus seios.
Ela apenas sorriu.
Não quis falar, mas o odor de seu vômito a incomodava.
Heitor continuava roçando o pau em sua bunda, enfiou-o entre as suas pernas, novamente demonstrando tesão.
Lilla sentia o seu cu ardido... Ele friccionando o clitóris, de uma só vez penetrou em sua bunda... Ela tentou se afastar, mas ele a segurou pela cintura e puxou de encontro a sua barra de ferro, neste instante cravando uma mordida em seu ombro, o que fez com que gritasse, o seu corpo tremia... Conversara diversas vezes com ele, sobre o seu lado sado masoquista. E como uma talentosa escritora de erótico, ela tem o conhecimento de que essas práticas antes do que tudo tem a necessidade de serem conversadas e acordadas, mas Heitor demonstrava certa obsessão e ainda mais ela tendo a pele no tom exato para uma bela pintura corporal.
Ele possuía a plena consciência que teria que agir com calma e com precaução. Mas como? Se aquela mulher de pele clara e tão branca estava em seus braços e ele lhe rasgando o rabo? Ele a estocava com tamanho tesão, que mais parecia que estava com raiva.
Lilla tinha os seios esmagados... Gemia... Sussurrava... Na alma uma miscelânea de reações que Heitor provocava em seu corpo. As mãos dele percorriam por toda a extensão de sua derme branca.
Puxava os seus cabelos...
Batia em sua coxa...
Mordia as suas costas...
Apertava bem firme os quadris, até cravar as unhas tamanho o frenesi.
Em meio a tantas sensações de dor e prazer, Lilla novamente se rendeu ao êxtase. E ele continuou em seu ritmo devasso de perversão, sentindo a sua tora ser mordida pela boca anal.
Após um tempo ele a apertou bem forte de encontro ao seu corpo, derramando-se outra vez em seu rabo...
Heitor diferente de outros homens, ele sabia demonstrar tesão em suas atitudes corporais e sabia muito bem expressar através da fala e gemidos... Isso de certa forma também a incitava... E ele ficou ali alojado até aquela onda de excitação cessar.
Lilla sentiu alívio quando ele se retirou. Podia sentir o rombo que lhe fizera com o leite escorrendo.
- Você de fato não é somente uma escritora... Você também é muito gostosa naquilo que faz! – Heitor a elogiou.
Lilla apenas sorriu... Sentia o seu corpo dolorido. Ao se aproximar do espelho em que ficava em uma parte da sala, ela pôde observar as marcas que ele lhe deixara. Nunca alguém em uma transa havia a tratado daquela maneira. Apesar da dor, no fundo estava amando aquela miscelânea de sensações e descobertas.
- Vem! Deixa-me cuidar de você! – Ele lhe falou.
Heitor a levou para a sua suíte, tomaram banho juntos, cuidou dos pequenos ferimentos e ficaram conversando na cama nus, até dormirem. A vontade dele era outra, mas compreendia que teria que agir com calma para não assustá-la.
Na manhã seguinte, Lilla foi despertada por ele, enquanto realizava um oral nela que, emitia pequenos gemidos... Contorcia-se A boceta molhada, ela reagia as suas carícias...
- Que delícia... Não resisti... Ela rosada me convidava. – Ele dizia.
Ao notar que Lilla estava no ponto de quase gozar, ele a penetrou na boceta...
- Que bom dia mais gostoso! – Ela finalmente falou.
Ele a possuía com tamanha gula, que nem parecia que haviam transado há poucas horas... Ele a penetrava... Mordia-a... Sugava os seios... Ela o fazia se sentir feito um animal no cio que, para ter a razão e o raciocínio, travava uma luta em seu próprio interior.
A cada nova arremetida a boceta se tornava mais quente e inchada. Lilla levava a mão até o seu sexo e se tocava. Não demorou até que gozou, permitindo se expandir... Com o seu patrão e agora amante. Ela se conhecia muito bem. Sabia exatamente como separar as coisas. E quanto à ele? Essa pergunta não saberia responder.
- Se eu pudesse... Passaria o resto da minha vida aqui dentro de você! – Ele comentou.
- É delícia? – Ela quis saber.
- Você é muito gostosa! – Ele exclamou.
Heitor Kannemberg continuava a estocá-la e, os dois se renderam ao gozo simultaneamente.
Deitados lado a lado...
- Adorei o meu bom dia! – Lilla lhe confessou.
- Que bom que gostou! – Ele lhe disse sorrindo.
Permaneceram mais um tempo no quarto.
Enquanto Heitor preparava o café da manhã, Lilla foi se arrumar na outra suíte.
Ao passar pela sala, percebeu que não estava mais do modo que havia deixado. O aroma a atraiu até a cozinha e, encontrou-o como da outra vez, apenas de roupão, porém, aberto.
Heitor quando tinha a oportunidade adorava se exibir com o instrumento que Deus lhe deu.
Aquele final de semana foi recluso, nem ao menos sequer saíram do apartamento. Tudo o que Heitor desejava, estava ali. O aparelho celular, quase o todo inteiro desligado. Ligava-o apenas quando necessitava falar com alguém ou realizar algum pedido ao restaurante.
Os dois ficaram absolvidos no projeto e em algumas horas de prazer.
***
Na segunda-feira, Heitor Kannemberg teve uma reunião importante com uma editora famosa. Lilla achou por bem não ir, melhor seria não misturar as estações.
Ao final de seu expediente, ele ainda não havia chegado. E como de costume deixou as chaves com o porteiro, que estranhou o fato de não ter tê-la visto sair na sexta-feira e nem chegar naquela manhã, ainda mais com a mesma roupa. Uma coisa era certa, não teria que dar satisfações para ninguém naquele prédio, a não ser para o próprio Heitor Kannemberg.
***
Na terça-feira ao chegar ao apartamento onde trabalhava, nem precisou acionar a campainha. No mesmo instante em que saía do elevador, a tal loira do outro dia, despedia-se do patrão. Apenas os cumprimentou e seguiu para a sua mesa.
Minutos depois, Heitor lhe disse para não dar importância para as suas aventuras.
Ela nem lhe levantou o olhar. Sentiu-se apenas mais uma e nada mais.
Neste dia, não mais se falaram.
***
Durante o decorrer da semana, os assuntos foram formais, sobre novos projetos.
Heitor admirava a cada dia as suas ideias, criatividade e desprendimento sexual. Se fosse outra mulher, teria feito um escândalo. Mas Lilla se mostrava perfeitamente profissional. E a desejava mais. E, então, pensou em lhe fazer uma proposta interessante. Mas teria que lhe falar em um momento muito oportuno.
***
Ao final do expediente de sexta-feira, ele pediu para que Lilla ficasse um pouco mais. Queria conversar. Ela o atendeu prontamente.
- Pronto! Pode falar! – Lilla lhe dirigiu a palavra secamente.
- Eu sei que as coisas mudaram muito entre nós... Mas eu não queria que fosse assim. Podemos continuar trabalhando juntos. Você é muito talentosa e é uma mulher incrível e de muito potencial... – Lilla ouvia atentamente. – Você quer ser a minha submissa? – Ele lhe propôs.
Lilla ficou impactada com o convite. Mesmo conhecendo um pouco mais de Heitor Kannemberg, jamais imaginou que seria alvo de seu fetiche.
Submissa...
Submissão...
Essas palavras ecoavam em seus pensamentos. Já lera o bastante e assistiu a vídeos sobre o assunto. Ter certo interesse... Uma curiosidade é uma coisa. Agora passar a fazer parte daquele mundo era totalmente diferente para ela. Ainda mais que desde cedo teve que aprender a ser forte e se tornar a mulher que é hoje. Pois desde sempre, conviveu com pessoas narcisistas e teve o conhecimento dessa palavra já adulta. Só assim pôde compreender muitos acontecimentos em sua vida.
- Não! – Ela respondeu com firmeza.
- Como não? – Ele quis saber.
- Eu disse que a minha resposta é não! – Ela continuou firme.
- Pensa um pouco... – Ele tentou lhe falar tentando se controlar.
- Mas eu já respondi: Não quero! – Ela exclamou.
- E quem foi que disse para você que aceito a sua resposta? – Ele a indagou transtornado.
Sem raciocinar e perdendo completamente a razão, Heitor Kannemberg a imobilizou, arrastando-a até outro quarto, o qual ele não lhe mostrara e a trancou. As janelas eram lacradas e não tinha luz e nem banheiro.
- Você ficará trancada, até mudar de ideia. - Ele falou rispidamente.
Ela gritou, pediu para sair batendo na porta. Porém, Heitor não a atendia.
Lilla não sabia o que pensar... E muito menos o que fazer. O seu telefone havia ficado dentro de sua bolsa.
O que esperar?
Apenas desejar que a razão voltasse à Heitor Kannemberg.

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