sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Gozos excepcionais – I (Rainha do Kama-sutra)




Como posso retratar o que acontecia entre nós?

Entre Jardel e eu!

Pois é...

Às vezes, pego-me viajando pelas linhas das lembranças...

Pelas noites... Pelas tardes que vivenciamos juntos.

A química que existia entre nossos corpos era perfeita na sincronia de movimentos.

Creio que foi a forma como se deu:

O primeiro olhar...

A paquera...

O interesse mútuo...

Isto já queria dizer alguma coisa.

A concretização...

A fantasia...

O teatro criado em cima do tesão.

Adultos como somos, sabíamos o que desejávamos um do outro.

Para mim, este nosso encontro foi predestinado. Estava e permanece escrito em algum na linha do destino.

A concretização...

A fantasia...

O teatro criado em cima do tesão.

Adultos como somos, sabíamos o que desejávamos um do outro.

Para mim, este nosso encontro foi predestinado. Estava e permanece escrito em algum lugar da linha do destino.

Compreendo desse amaneira, porque nossos corpos conversavam entre si... Mesmo antes de nos tocar! Sabiam exatamente o próximo movimento a ser executado, como a dança entre um casal que passa meses ensaiando. Porém, não precisávamos disso.

A harmonia em seu grau máximo de excelência.

A naturalidade como nos envolvíamos.

Literalmente me jogava sobre Jardel.

Sobre o tesão que ele incendiava em meu corpo.

A libido crescente e exacerbada.

O simples com ele se tornava especial e grandioso em todos os sentidos.

As pré-liminares... Tudo ocorrendo de forma natural, como se fora uma simples brincadeira.
Ninguém queria ser mais do que o outro.

Nenhum desejava possuir uma performance sexual que impressionasse o outro.
Jardel me fazia renascer! Ou melhor, crescer!

Eu era o centro das atenções...

A protagonista do filme em exibição, o título: A rainha do kama-sutra.

Os nossos encaixes se complementavam...

E podíamos enxergar toda a exuberância através dos espelhos do quarto de motel.
Nada importava se era noite ou se era dia.

As vozes ao lado de fora do corredor, ou simplesmente funcionários transitando na parte exterior.

O que almejava era ser exibicionista, fazer com que os meus gritos ecoassem pelo recinto... Que as pessoas pudessem imaginar cada detalhe da cena que descrevia.

A minha interpretação ganhava asas... Voava pela imaginação, traduzia em meu corpo e, depois dava a voz... A entonação.

Já imaginou o seguinte take:

Jardel e eu saindo de nosso quarto e, casais fazendo sexo na área comum do estabelecimento?

Quanta loucura ficava tecendo em minha mente insana.

Quanta lascívia contida, ainda desejando ser mostrada... Expelida... Colocada para fora.
Quantos ais...

Quantos gemidos...

Quantos gritos adormecidos pelo pedaço de carne teso de Jardel.

Entranhado... Fincado...

Em meus apertados e dilatados orifícios.

Os meus gozos, como poderia descrever para tal prazeroso (a) leitora (a)?

Estes foram excepcionais... Extasiando não somente o meu corpo... Como também alimentando a alma.

Dilacerando o desejo...

Rasgando a carne.

Tanto que, perco-me aos devaneios... Almejando resgatar a falta de sentidos daqueles instantes, tentando me inebriar na essência que exalava, a procurar o perfume e, claro, a também sentir no paladar o sabor de se estar degustando de maior prazer.

O (a) leitor (a) entende-me!

Não são em todos os dias e também não são em todas as esquinas que, encontramos uma pessoa que tenha química... O tesão e lascívia igual ao nosso.

Dizendo na linguagem popular: A pessoa que tenha a mesma pegada.

Ele à primeira vista olhando tu não dizia nada, mas ele foi me envolvendo que, fui lendo... Reconhecendo os sinais. Óbvio que não decepcionei!

Porque h[á pessoas que tu olhas e, crias uma expectativa que quando vai ver, não é nada daquilo que tu idealizastes e, aquela figura e imagem vão se desconstruindo.

Com Jardel, todas as expectativas foram correspondidas.

E mais pela qualidade e tanto de quantidade de prazeres e ejaculações que lhe proporcionei, fazes-me a ter a mesma conclusão de seus gozos excepcionais.

Se era a rainha do kama-sutra, ele tinha uma grande parcela. Pois é o homem que faz a mulher e assim vice-versa.

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